Foto: Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil No primeiro trimestre deste ano, um total de R$ 11 bilhões foram captados na previdência privada, isso já descontado o valor dos resgates.
O montante equivale a 56% do que foi captado nesses fundos em todo o ano de 2023, isto é, mais da metade de tudo que entrou na previdência no ano anterior já foi atingida neste, segundo dados da Associação Brasileiras das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Para se ter uma ideia, só em janeiro de 2024, os fundos captaram R$ 4,8 bilhões, representando uma alta de 187% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
De acordo com a analista Rafaela Ribas, há alguns fatores por trás do crescimento da previdência privada, são eles:
- Novas regras de tributação nos fundos exclusivos: uma das alterações foi a cobrança de come-cota, que antes existia para essa classe. No entanto, essa modalidade não previdência privada, gerando uma migração de capital dos fundos exclusivos para os de previdência;
- Final dos títulos isentos de Imposto de Renda: essa nova regra foi a peça-chave para o aumento de captação na previdência, já que as regras de emissão de títulos isentos de IR sofreu um aperto, diz especialista;
- Dedução de até 12% da renda tributável com um Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) na carteira.
Vale destacar que, embora a previdência privada não seja isenta de IR, a alíquota pode chegar a apenas 10% nas aplicações de regime progressivo.
Diante das mudanças nas tributações de outros títulos e o grande fluxo de capital nos fundos, Ribas reforça que é importante investir em previdência.
“A previdência faz cada vez mais sentido para o investidor e é a melhor saída para quem quer menos tributação nos investimentos”.
Com informações da Exame
